Chavismo reprime com violência setores mais pobres para sufocar críticas à eleição
Notícias Internacionais.
Publicado em 07/08/2024

Nos últimos dez dias, desde que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou a segunda reeleição consecutiva do presidente Nicolás Maduro, o país é cenário de uma nova e violenta onda de repressão que, segundo afirmaram ao GLOBO representantes de ONGs de defesa dos direitos humanos, está afetando lideranças políticas, dirigentes regionais, colaboradores da campanha eleitoral da oposição, manifestantes e, em muitos casos, vítimas aleatórias, entre elas dezenas de adolescentes, pessoas com autismo e deficiências físicas. Os setores mais pobres, frisaram os especialistas, são as principais vítimas.Diante da falta de credibilidade do CNE, o chavismo apelou, mais uma vez, para a violência como única estratégia para silenciar críticas e sufocar a denúncia de fraude apresentada pelo candidato presidencial Edmundo González Urrutia e a líder opositora María Corina Machado, ambos alvo de investigações do Ministério Público. ONGs que atuam na Venezuela indicam que já foram presas entre 1.100 e 1.400 pessoas. Segundo a Human Rights Watch (HRW) e o Programa Venezuelano de Educação-Ação em Direitos Humanos (Provea), estão confirmados 24 mortos, incluindo um oficial da Guarda Nacional Bolivariana (GNB). 

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