Gusttavo Lima está em primeiro lugar na lista das músicas mais tocadas nas rádios, segundo a Crowley, e na segunda posição do Top 50 do Spotify com a regravação de "A Noite".
Mas, se dependesse da liberação da cantora Tiê, uma das responsáveis pela versão brasileira da música italiana "La Notte", o sertanejo não teria nem gravado a canção.
"Eu confesso que, na época em que o Gusttavo Lima foi gravar, eu não achei legal. Ele estava envolvido com um monte de coisa, pedido de prisão, fugindo para Miami, na mesma semana... Falei: 'Putz, gente, eu não teria liberado'. Mas eu não tenho voz", afirma a cantora em entrevista ao g1.
"Quem decide é o italiano que fez a canção. Então é isso, vida que segue."
O italiano em questão é Giuseppe Anastasi, que compôs "La notte" em 2012. Quando liberou sua música para regravação, o artista optou por não compartilhar os direitos autorais com os versionistas.
Com isso, Tiê, Adriano Cintra, André Whoong e Rita Wainer, responsáveis pela versão brasileira, não só não recebem pelos direitos autorais em caso de regravações, como também não podem opinar sobre quem grava ou não "A Noite".
"Eu poderia não autorizar a minha letra, mas na hora que você topa fazer uma versão de alguém, você libera a sua opinião", explica Tiê.
Gusttavo Lima lançou a música dentro do projeto "Embaixador Acústico" em agosto de 2024, dias antes de ser indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa em investigação sobre jogos ilegais. Em setembro, o cantor teve sua ordem de prisão revogada pela justiça.