O ex-presidente Jair Bolsonaro segue internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Brasília e sem previsão de alta, informaram nesta segunda-feira (14) os médicos que acompanham o político.
Segundo o cardiologista da equipe, Leandro Echenique, esta cirurgia – a sétima desde o atentado – está entre "as mais complexas" feitas no ex-presidente. A longa duração do procedimento, inclusive, já era esperada.
"Não houve nenhuma complicação, realmente foi o que era esperado. Um procedimento muito complexo. Agora nos cuidados pós-operatórios, quando há um procedimento muito prolongado como esse, o organismo do paciente acaba tendo uma resposta inflamatória muito importante, fica muito inflamado", diz Echenique.
"Isso pode levar a uma série de intercorrências. Aumenta o risco de algumas infecções, de precisar de medicamentos para controlar a pressão. Há um aumento do risco de trombose, problemas de coagulação do sangue. O pulmão, a gente acaba tendo um cuidado específico [...] Todas as medidas preventivas serão tomadas, por isso que ele se encontra na UTI neste momento", seguiu.
O chefe da equipe cirúrgica, Cláudio Birolini, relatou que Bolsonaro já tinha apresentado nos dias anteriores uma elevação dos marcadores de inflamação (PCR) e um quadro de distensão abdominal.
Como as primeiras opções de tratamento não surtiram efeito, houve a recomendação de cirurgia.
⚕️ De acordo com o boletim médico, a cirurgia envolveu uma extensa lise de aderências (cirurgia para remover faixas de tecido que ficaram coladas por cicatrizes internas) e a reconstrução da parede abdominal. A intervenção ocorreu sem intercorrências e não houve necessidade de transfusão de sangue.
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