Por ser proprietário, o Coelho é o principal mandante de jogos no Independência. Recentemente, com a ascensão de times da região metropolitana, o estádio também foi casa do Itabirito, no Campeonato Mineiro. Como o Galo construiu a Arena MRV, e Cruzeiro tem contrato com o Mineirão, a dupla atua no estádio somente quando necessário.
Inauguração na Copa do Mundo de 1950
O Independência foi construído para a Copa do Mundo de 1950. A inauguração foi em 25 de junho daquele ano, na partida entre Iugoslávia 3 x 0 Suíça. Naquele Mundial, o estádio também teve Estados Unidos 1 x 0 Inglaterra, considerada um dos resultados mais surpreendentes, até então, em Copas, e Uruguai 8 x 0 Bolívia.
No início, o campo foi propriedade do Governo de Minas. Depois acabou repassado ao clube Sete de Setembro, que o batizou como Independência. Quinze anos depois, o Mineirão foi inaugurado e passou a ser o principal palco do futebol em Minas Gerais. Com isso, o Independência ficou subutilizado. O Sete de Setembro encerrou as atividades, e o América-MG assumiu o estádio.
Este período de abandono foi interrompido em 1985 com uma ampla reforma realizada pelo governo de MG. Em 1989, o América assumiu a administração do local por 30 anos, depois o prazo foi prorrogado por mais 50 através de um comodato com o Sete de Setembro, que de fato, não existia mais, sendo incorporado pelo Coelho em 1997, que se tornou o dono do estádio.
Entre 1990 e 2010, América foi protagonista na "Era Independência". Conquistou títulos da Série B e Série C. O estádio passou por reforma que começou em 2010 e durou até 2012.
A antiga estrutura foi demolida e uma nova Arena foi erguida, com custo de R$ 149 milhões - cerca de R$ 313 milhões em valores atualizados. Atualmente o Independência tem capacidade para cerca de 22.800 torcedores, camarotes, melhores acessos e normas internacionais.
"Caiu no Horto, tá morto!"
Em 2013, o Horto foi palco e aliado de boa parte da campanha do Atlético-MG na Libertadores. Os motivos que levaram o Galo para o estádio foram variados: a reforma do Mineirão, o custo operacional e no decorrer da campanha a sequência invicta pesou para a superstição que se criou.
O lema "Caiu no Horto, tá morto" pegou. O Galo foi eliminando adversários e colecionando classificações até a final, disputada no Mineirão, por causa da capacidade de público. Máscaras de pânico foram usadas pela torcida para intimidar os adversários.
Um dos jogos emblemáticos da campanha foi contra o Tijuana, do México, quando Victor defendeu um pênalti nos acréscimos e classificou o Galo para a sequência da competição internacional.
Último título do Cruzeiro no Campeonato Mineiro
O Horto foi palco também do último título estadual do Cruzeiro. A Raposa levantou o troféu em 2019 ao vencer o rival Atlético. Naquele ano, o Cruzeiro foi rebaixado e amargou três anos de Série B.
O período seguinte foi marcado pela venda da SAF a Ronaldo. O ex-dirigente entrou em litígio com o Mineirão por não concordar com os valores cobrados pela administração do estádio. Com isso, o Cruzeiro passou a mandar os jogos no Independência.
O primeiro jogo da SAF de Ronaldo foi no Horto, em janeiro de 2022. Vitória por 3 a 0 em cima da URT. O período de litígio com o Mineirão acabou, e o Cruzeiro voltou ao estádio da Pampulha, mas quando precisa retorna ao Independência.
Com a chegada de Pedro Lourenço, o Independência foi palco da estreia dos badalados reforços contratados pelo empresário. Diante do Bragantino, na estreia de Cássio, o Cruzeiro venceu por 2 a 1, jogando no Horto.