Com a alteração, a parte da associação pode ser diluída em até 10%, sem que o conselho deliberativo participe da decisão. Para ocorrer a diminuição, a SAF precisa receber um aporte de, no mínimo, R$ 200 milhões no futuro. É preciso também que a oferta seja de forma primária, via aumento de capital e emissão de novas ações.
Além disso, os acionistas não dependeriam mais do voto da associação para uma nova venda. A associação segue com peso de veto em situações como mudança de símbolo, cores, hino.
O entendimento interno é que, sem essa aprovação, seria muito difícil fazer qualquer transação. Segundo consta em contrato, a Galo Holding e os acionistas indiretos não poderão realizar, direta ou indiretamente, qualquer transferência de ações de emissão da SAF até o 2º aniversário da data de assinatura do acordo - em novembro deste ano.
Presidente da Associação do Galo, Sérgio Coelho foi um dos defensores dos 25% garantidos para a associação, após o processo de transformação em SAF. Em entrevista em fevereiro, ele reforçou essa visão.
— Fizemos a venda do Galo, 75%, e ficamos com 25%. Só que os nossos 25% não são diluídos. Então, se houver necessidade de fazer aporte na SAF, o Galo (associação) não tem que fazer. Porque os nossos 25% não serão diluídos. Simples assim.
Em contato com o ge, o presidente defendeu a declaração anterior e disse que não está descumprindo com a palavra. Segundo ele, cabe aos conselheiros decidirem pela aprovação ou não.
— A minha afirmação não impede que a SAF solicite, hoje, ao Conselho Deliberativo do Galo, que autorize a diluição dos 25% até 10%. No direito da SAF, ela fez um pedido ao presidente do Conselho. Exercendo suas obrigações, o presidente convocou uma reunião para os conselheiros aprovarem ou não o que foi solicitado pela SAF.
"Não tem ninguém fazendo nada de errado e nem descumprindo com a palavra. Que fique claro, o sim à diluição - ou não - é uma decisão dos mais de 400 conselheiros do Galo e não do presidente da associação, que nesse caso. sou eu."